Úlceras de Pressão: Formação dos cuidadores informais na sua prevenção
Úlceras de Pressão: Formação dos cuidadores informais na sua prevenção
O aumento da população idosa é um facto real das sociedades modernas. As projeções apontam que em Portugal, no ano 2050, haverá 31.9% de pessoas idosas. Devido a este facto, é de prever que as co morbilidades aumentem.
As úlceras de pressão (UP) são uma importante causa de morbilidade e mortalidade, prejudicando de forma significativa, não só a qualidade de vida dos doentes, mas também dos seus cuidadores, para além de constituir uma enorme sobrecarga económica para os serviços de saúde.
Segundo a EPUAP, 2014, úlceras de pressão “é uma lesão localizada, da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção.” É uma lesão que pode ocorrer num curto período de tempo e demorar um longo período de tempo a cicatrizar, sendo que surgem, com alguma frequência complicações que a levam a ser classificada como uma ferida de difícil cicatrização. Segundo a Direção Geral de Saúde, 2016, as úlceras de pressão são um problema grave de saúde pública e estima-se que 95% delas são evitáveis através da identificação precoce do grau de risco. Conhecer a causa e os fatores de risco da formação de úlceras de pressão é o ponto-chave para o sucesso de estratégias de prevenção.
Morison (2004) defende que, ao se prestar cuidados preventivos completos a pessoas tendo em conta o risco pode-se reduzir o aparecimento de UP até 50% a 60%. Outros estudos, referem que 95% das UP são passíveis de serem prevenidas.
A família é considerada como uma unidade básica da sociedade. Tem, como principal função o suporte e a proteção dos seus membros. Em caso de dependência de um dos seus membros os recursos familiares são ativados no sentido de garantir o apoio e a resposta às necessidades específicas deste. Entende-se por cuidado informal, aprestação de cuidados no domicílio, que por norma ficam sob a responsabilidade dos elementos da família, designando-se assim de cuidadores informais. Prestam os cuidados de uma forma parcial ou total e na maioria das vezes não possuem qualquer formação ou preparação para essa prestação de cuidados (Sousa, Figueiredo e Cerqueira, 2006; Sequeira, 2007; Sequeira 2010). Para Andrade, 2009, todos os cuidadores requerem informação, educação, encorajamento e suporte, em que os enfermeiros estão numa posição privilegiada para satisfazer as suas necessidades.
A dependência e a situação de doença implica um maior número de atividades por parte dos membros da família e uma reestruturação funcional, devido ao novo papel familiar que desenvolverá. O papel de prestador de cuidados corresponde a dar apoio a um dos seus membros que se encontra dependente no autocuidado. O desempenho deste papel exige uma aprendizagem cognitiva e prática para permitir que o membro da família prestador de cuidados consiga realizar corretamente e eficazmente as tarefas direcionadas ao membro em situação de dependência.
A formação dos cuidadores informais é de vital importância para que sejam alcançados os objetivos pretendidos, cuidados de excelência.
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